Cruzando e conhecendo a Baía: as expedições ao Rio, Niterói e à Guanabara
Alexandra Fries ·"Across and through the Bay: Rio, Niteroi, and Guanabara expeditions"
(Portuguese translation by João Paulo Coimbra)
Em 20 de Junho de 2016, Bill Dennison and Dave Nemazie, e eu viajamos para o Rio de Janeiro, Brasil, para a segunda seção do workshop com as partes interessadas para desenvolver o Boletim de Saúde Ambiental (Report Card) da Baía de Guanabara. Nós convocamos o workshop no dia 23 de Junho na vizinha Niterói, uma cidade do outro lado da Baía. Alguns dos mesmos participantes do nosso primeiro workshop com as partes interessadas estiveram presentes, assim como um grupo mais amplo de participantes de universidades e agências governamentais adicionais. No dia 24 de Junho, tivemos a sorte de dar um passeio de barco para ver algumas das áreas poluídas da Baía.
Para a abertura do workshop, um de nossos amigos e colegas, Axel Grael, que visitou Maryland anos atrás quando primeiramente foi se falado na criação de um Boletim de Saúde Ambiental para a Baía de Guanabara, deu uma apresentação. Axel Grael é o Vice-Prefeito de Niterói.
Em seguida, nós então revisamos as decisões baseadas nas contribuições dos participantes do nosso primeiro workshop, conversamos um pouco sobre os valores, ameaças e indicadores importantes, e também falamos sobre a newsletter elaborada no primeiro workshop e os resultados das pesquisas que recebemos. O grupo discutiu alguns dos indicadores selecionados, e também levantou novas idéias que ainda não haviam sido mencionadas nas reuniões anteriores, tais como a necessidade de incorporar indicadores para os compostos orgânicos (PAHs, hidrocarbonetos), e mudanças climáticas (aumento do nível do mar).
Comunicação é uma das áreas mais importantes a se preocupar e que é tópico constante durante estes workshops. As partes interessadas querem mensagens e informações transparentes, concisas e claras sobre não só o Boletim de Saúde Ambiental, mas também sobre os esforços para a recuperação da Baía de Guanabara. A comunicação não só informa o publico e aumenta o diálogo sobre o que está ocorrendo, mas também ajuda na criação de uma visão e responsabilidades compartilhadas essenciais para o engajamento. As pessoas envolvidas em esforços para recuperar a Baía de Guanabara também querem que o público possua o sentimento de pertencimento, entendendo que a Baía está lá para eles e que todas as ações a afetam, positivamente ou negativamente.
Um dia após a reunião, nós pudemos sair pela Baía de Guanabara em um barco de pesca para ver algumas das ameaças que afligem as suas águas. Era um dia nublado, mas o tempo estava bom o bastante para que pudêssemos visitar algumas partes interessantes da Baía, diferentes daquelas que havíamos avistado na viagem de barca para Niterói. Nós saímos para o passeio de um clube de barcos na Ilha do Governador, onde o aeroporto internacional está situado.
Os pescadores tem o interesse de desenvolver uma incubadora de peixes e um centro de pesquisas em uma ilha abandonada. Uma empresa de petróleo abandonou a ilha a cerca de vinte a trinta anos atrás.
Muitas grandes empresas relacionadas com o petróleo operam na Baía de Guanabara. Nós passamos por vários lugares onde a presença dessas empresas foi observada. Nós também passamos por uma área onde houve recente vazamento de petróleo.
Aves como os bíguas são abundantes na Baía de Guanabara. Após um derramamento de óleo na Baía que causou muita poluição, os bíguas passaram a residir em uma nova área. O número excessivo de aves e os seus excrementos, têm matado a vegetação dessa nova região.
Nós paramos brevemente para desembarcar um pescador que estava viajando conosco. A aparência da vila onde o deixamos é o que esperávamos ver mais nas vizinhanças do Rio e da Baía de Guanabara. Casas dilapidadas, porém coloridas, com pobres construções à beira d’água, rodeadas por praias e quintais repletos de lixo e cães vira-latas.
Uma das mais belas vistas da Baía de Guanabara foram as misteriosas armadilhas de madeira para peixes, pairando no horizonte como sentinelas na água. Estas armadilhas com estacas de madeira, orientam o peixe ao longo de um caminho que os confundem e os aprisionam. Embora a poluição na Baía de Guanabara prejudique a população de peixes, a pesca ainda é um serviço importante e valioso oferecido pela Baía.
About the author
Alexandra Fries
Alexandra is a Program Manager at the Integration and Application Network (IAN) based at the University of Maryland Center for Environmental Science in Annapolis MD. Alexandra’s work in environmental management has been focused on assessment, monitoring, and management of aquatic, marine, and terrestrial ecosystems. Alexandra has extensive experience in data analysis, synthesis, mapping, interpretation, and communication. Alexandra has experience working with a diverse group of partners including those in local, state, and federal government, non-governmental organizations, non-profit organizations, private industry, and academia. Within IAN, Alexandra conducts data analysis, synthesis, and communication by completing environmental report cards, updating the IAN website, and conducting science communication courses. Alexandra also creates science communication materials such as diagrams, posters, presentations, newsletters, and reports using Adobe Creative Suite, Microsoft Office Suite, and ArcGIS. Alexandra has experience managing projects and staff on local and international projects, liaising directly with partners and colleagues, and providing insights on project direction and goals.